16/03/2017

[Resenha]: Uma vida para sempre - Simone Taietti

Olá, queridinhos!! A resenha de hoje é de um livro recebido de parceria com a autora. Sou muito grata a Simone pela oportunidade de conhecer esta historia e mudar meu jeito de ver o mundo, as coisas e a vida. O livro se chama: Uma Vida para Sempre, vamos para a resenha?

Autora: Simone Taietti
Páginas: 352
Editora: Talentos da Literatura Brasileira - Novo Século
Ano de lançamento: 
2014
 
Sinopse: Uma vida para sempre - Ethel diz estar morrendo. Contudo, não afirma isso apenas em razão de sua doença. Talvez a única certeza de nossa existência seja a morte, o fato de que ela chega para todos. Mas nem por isso deixa de ser a maior incógnita da vida.
Em um hospital, em meio à dor das histórias dos pacientes, Ethel encontrou amigos. Entre passeios em cemitérios, frequentando velórios e enterros de estranhos, ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim. Entretanto, não esperava enfrentar algumas surpresas que a fizessem duvidar de tal preparação.
As estatísticas ruins, a inexorável passagem do tempo. Onde reside a lógica disso que nos arranca pedaços, da súbita inexistência do que outrora era vívido e pulsante? Um corpo que jaz. Palavras que se perdem. A finitude de tudo o que é tão belo talvez seja a maior dor do mundo.
Uma vida para sempre é um compilado de desejos, pensamentos e dias.
Quanto dura o para sempre?
Ethel descobriu. 








 Opinião: No início da historia temos a marcante presença de Ethel, uma garota de 17 anos que teria tudo para ser normal, mas ela não esconde o fato de ter uma doença rara que aos poucos pode a matar, na verdade, Ethel diz estar morrendo. A sigla para o motivo de toda sua dor é CIPA (Insensibilidade Congênita á Dor com Anidrose), ou seja, esta doença não permite que ela controle a temperatura de seu corpo e, independente do que aconteça, ela não transpira ou sente dor.  O motivo de estar morrendo?



 Não é causada por sua doença, e sim, por se sentir trancafiada nos cuidados de sua mãe que não a permite estudar, nem trabalhar e se relacionar os amigos incomuns que tem, isto a deixa com pensamentos incertos sobre a vida que esta levando. Entre uma consulta e outra, ela anda pelos corredores do hospital e vive em constante presença com a historia de pacientes, desta forma encontrou amigos, que apesar das peculiaridades, se tornaram fieis e especiais para ela. Apesar, de estar na constante presença da morte, essa é a única certeza de sua vida, um dia todos morreram e por isso Ethel não tem medo da morte.
  Surpreendentemente, em mais uma quimioterapia de rotina, ela conhece um rapaz de forma imprevisível chamado  Vitor que possui uma doença a Leucemia Mieloide Aguda  e a trata para cura-la. Mesmo com todos os problemas, Vitor é positivo e isto chama a atenção de Ethel. Após descobrir coisas em comum, ela se sente intimidada a se encontrar mais vezes com Vitor e, por coincidência, o encontro deles é permitido com mais frequência. O conhecimento que trocam não são tão maiores quanto o amor que alimentam.
  A narrativa do livro é completamente em primeira pessoa, narrado pela Ethel, é tocante a forma como a personagem se comunica com o leitor. Maior parte das vez, vemos palavras "meio que difíceis", mas que enriquecem o vocabulário e que não incomodam - pelo menos não a mim - com a presença da narrativa marcante que não permite seu descanso entre um capitulo e outro, pois se sente tentado a ler o próximo. Os personagens são bem criados, você os ama - em certos momentos - e os odeia - em outras situações, vemos o crescimento mental do personagem e sem perceber, estamos crescendo junto. 

  A forma como Ethel pensa, não é errado, mas vejo como inapropriado. Se pensarmos que vamos morrer amanhã, ou daqui a dois dias, daqui a um mês, um ano depois e pensar, até mesmo, que um dia vamos morrer é não aproveitar os momentos que a morte te concedeu antes dela chegar. Sua obsessividade pela morte, me fez acreditar que ela queria morrer, não pelo bem dos outros que convive, e sim, para sí. 
  Este é a aquele livro, com lições. Com ensinamentos para serem levados para toda a vida: "Aproveite os momentos antes que você os esqueça". 



                                                    Classificação:

Bibliografia da autora:
Nasceu em 1994, ano em que o mundo perdeu Kurt Cobain e Ayrton Senna e em que Nelson Mandela tornou-se o 1º Presidente negro da África do Sul. 
Descobriu ainda no Ensino Fundamental sua grande paixão: a escrita. Tem preferência pelas histórias palpáveis, a inconstância da vida, aquilo que pode acometer qualquer um. 
Em 2011, foi uma das ganhadoras do 7° Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero, na categoria estudante de Ensino Médio, concorrendo com 3.375 outros textos.
"Uma vida para sempre" é seu primeiro livro publicado.
Vive em Tangará – SC. É acadêmica de Direito na Universidade do Oeste de Santa Catarina. Divide seu tempo livre entre a escrita, leitura, estudos e os seriados de que tanto gosta.



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